Com 11 milhões de investidas bloqueadas, o país se torna epicentro latino-americano de ameaças digitais ligadas à Internet das Coisas Fale Conosco
A transformação digital conecta, mas também expõe. De acordo com o novo Panorama de Ameaças da Kaspersky, o Brasil lidera o ranking de origem de ataques a dispositivos IoT na América Latina, somando 11 milhões de tentativas apenas no último levantamento. Os números impressionam, mas o mais alarmante é a combinação entre a alta conectividade e o desconhecimento generalizado sobre os riscos dessa tecnologia.
A Internet das Coisas (IoT) já faz parte do cotidiano de residências e escritórios, com a presença de assistentes de voz, roteadores, câmeras, eletrodomésticos e sensores diversos. Estima-se que 127 novos dispositivos se conectam à internet a cada segundo no Brasil, e que 1 em cada 4 brasileiros sequer compreende o conceito de IoT. Nesse vácuo de informação, cresce o terreno fértil para cibercriminosos.
A vulnerabilidade invisível que mora ao lado
A IoT opera de forma silenciosa, transferindo dados entre sistemas com mínima ou nenhuma intervenção humana. Em média, uma pessoa interage com 10 a 15 dispositivos conectados por dia, sem sequer perceber. Isso amplia exponencialmente a superfície de ataque para criminosos digitais, que exploram falhas como senhas fracas, permissões mal configuradas, vulnerabilidades não corrigidas e redes inseguras.
Esses acessos podem ser usados para comprometer redes inteiras ou dar origem a botnets , exércitos de dispositivos infectados, controlados remotamente por hackers. As consequências são sérias: desde roubo de dados, espionagem corporativa, ataques DDoS, até mineração de criptomoedas e disseminação de malware.
As principais botnets em circulação incluem:
- Mirai: responsável por ataques DDoS massivos; procura credenciais padrão em dispositivos conectados.
- Qbot: remove malwares concorrentes para dominar o equipamento infectado.
- Kaiten/Tsunami: se espalha por força bruta via Telnet.
- Reaper/IoTroop: explora falhas conhecidas em dispositivos vulneráveis.
O risco vai além das residências
Segundo a Kaspersky, 24% dos brasileiros não se preocupam com segurança digital em seus dispositivos conectados. No entanto, a ameaça se estende também a empresas, indústrias e infraestruturas críticas como água, gás e energia. Dispositivos comprometidos podem impactar diretamente a vida offline, tornando urgente a adoção de medidas preventivas.
“Um lar, um escritório ou uma operação inteligente não é realmente inteligente se não for seguro”, alerta María Isabel Manjarrez, investigadora de segurança da Kaspersky na América Latina. Para ela, a verdadeira inovação também passa pela forma como nos protegemos.
Boas práticas que reduzem os riscos
Para ambientes residenciais:
- Use senhas fortes e exclusivas.
- Desative funções desnecessárias como controle remoto.
- Conceda permissões de aplicativos apenas quando essencial.
- Mantenha todos os dispositivos e apps atualizados.
- Utilize soluções de cibersegurança confiáveis para proteção em múltiplos dispositivos.
Para ambientes corporativos:
- Elabore um inventário detalhado dos dispositivos IoT em uso.
- Isole equipamentos críticos com segmentação de rede.
- Implante autenticação robusta e gestão centralizada.
- Capacite a equipe com treinamentos sobre riscos digitais.
- Monitore o tráfego com ferramentas específicas para detectar anomalias e intrusões.
Segurança digital não pode ser opcional. Em um mundo onde até uma cafeteira pode ser usada como ponto de ataque, a prevenção é parte do crescimento sustentável e da inovação real.
fonte: Crypto ID
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