Especialistas afirmam que a inteligência artificial potencializa o trabalho humano no setor financeiro, ampliando eficiência sem eliminar o papel do julgamento ético e estratégico Fale Conosco
A revolução da inteligência artificial (IA) está remodelando o setor financeiro, mas ao contrário do temor comum, não para substituir pessoas. Em vez disso, a tecnologia se consolida como uma aliada estratégica, capaz de automatizar tarefas operacionais e liberar profissionais para decisões de maior valor e impacto.
Essa foi a principal conclusão do evento Fronteiras do Investimento, promovido pela Nu Asset em parceria com o InvestNews, que reuniu executivos das principais big techs. “Quando pensamos em uma decisão que envolve ética e valores, tem que ter o julgamento humano”, afirmou Glaucia Rosalen, diretora financeira da Microsoft Brasil. “[A IA] é uma ferramenta que trará alcance e eficiência, mas que precisa de curadoria humana.”
Rafael D’Avila, gerente do setor financeiro do Google Cloud, compartilhou da mesma visão. Para ele, a IA deve apoiar o relacionamento humano, e não substituí-lo. “A aplicação nos serviços financeiros servirá para o atendimento a clientes, mas não envolve substituir o ser humano na qualidade de relacionamento”, destacou.
Casos reais: IA como copiloto dos gestores
No mercado financeiro, a adoção prática da IA já é realidade. A Voya Investment Management implementou um “analista virtual” que monitora ações e identifica alertas de risco, exibindo os resultados lado a lado com relatórios de analistas humanos. O modelo foi comparado por um dos executivos da gestora ao cockpit de um avião: “o piloto continua sendo humano, mas agora conta com um copiloto eletrônico atento aos sinais”.
Outro exemplo vem da AllianceBernstein, que utiliza modelos de linguagem natural para analisar transcrições legislativas, um processo que antes demandava meses e agora é concluído em poucas horas. Essa automação acelera a análise de tendências regulatórias e impacta diretamente as decisões de alocação de recursos.
Esses casos mostram que a IA está longe de ser uma ameaça. Em vez disso, representa uma ampliação das capacidades humanas: processa grandes volumes de dados, identifica padrões invisíveis a olho nu e fornece insights que aprimoram o julgamento humano.
A nova fronteira entre automação e intuição
Os especialistas apontam que o futuro dos investimentos dependerá do equilíbrio entre inteligência algorítmica e sensibilidade humana. Modelos preditivos podem indicar tendências, mas a tomada de decisão continuará exigindo contexto, ética e empatia, aspectos que nenhuma máquina domina plenamente.
“A IA não veio para tirar o manche das mãos dos gestores”, afirma D’Avila. “Ela está aqui para garantir que eles não percam o próximo voo rumo à inovação.”
fonte: InvestNews
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