Meta, Google e Microsoft elevam salários e bônus a níveis históricos para dominar a próxima era da inteligência artificial Fale Conosco
A corrida global pela inteligência artificial (IA) atingiu um novo patamar de intensidade. À medida que modelos generativos e de superinteligência moldam o futuro da tecnologia, gigantes como Meta, Microsoft e Google iniciaram uma verdadeira guerra por talentos, oferecendo pacotes milionários para atrair e reter os profissionais mais disputados do planeta.
Na linha de frente está Mark Zuckerberg, CEO da Meta, que lançou uma ofensiva agressiva para fortalecer o AI Superintelligence Labs, braço estratégico da empresa voltado à pesquisa avançada em IA. Entre os movimentos mais ousados, a Meta investiu US$ 14 bilhões na Scale AI e chegou a oferecer bônus de contratação de até US$ 100 milhões para engenheiros de ponta da OpenAI.
“Se vou gastar um bilhão de dólares para treinar um modelo, pagar US$ 10 milhões por um engenheiro é relativamente baixo”, afirmou Alexandru Voica, diretor de assuntos corporativos da Synthesia e ex-executivo da Meta.
Salários que quebram recordes
A busca por talentos especializados elevou os salários a níveis inéditos. O Google contratou Varun Mohan, fundador da Windsurf, em um acordo avaliado em US$ 2,4 bilhões, enquanto a Microsoft absorveu discretamente duas dezenas de funcionários do DeepMind.
Nos Estados Unidos, engenheiros de machine learning já recebem em média US$ 175 mil por ano, podendo chegar a US$ 300 mil, segundo o site Indeed. Zuckerberg teria oferecido US$ 250 milhões a Matt Deitke, jovem de 24 anos que abandonou o doutorado em ciência da computação na Universidade de Washington para ingressar na Meta.
“Há um prêmio absoluto para o melhor talento. É um mercado muito quente, com poucos pesquisadores em disputa”, declarou Zuckerberg ao portal The Information.
Na Europa, a tendência é semelhante. Em Londres, engenheiros seniores de IA recebem entre £140 mil e £300 mil anuais, de acordo com a consultoria Robert Walters.
O preço da inteligência
O valor pago aos profissionais está diretamente ligado ao custo bilionário de desenvolvimento dos modelos de IA. Um estudo da Universidade de Stanford revelou que o GPT-4 custou US$ 79 milhões para ser treinado em 2023. O Gemini 1.0 Ultra, do Google, atingiu US$ 192 milhões, e o Llama 3.1-405B, da Meta, chegou a US$ 170 milhões em 2024.
Segundo Dario Amodei, CEO da Anthropic, o custo de treinar modelos de fronteira alcançou US$ 1 bilhão no mesmo ano.
Startups perdem terreno
Enquanto as Big Techs travam batalhas por engenheiros de elite, startups e setores tradicionais (como seguros, saúde e logística) ficam para trás. “Essas indústrias precisam de inovação, mas não conseguem competir em salários”, alertou Mark Miller, CEO da Insurevision.ai.
Voica complementa: “Enquanto profissionais podem optar pela segurança financeira das Big Techs, startups ainda oferecem maior protagonismo e impacto direto nas soluções desenvolvidas.”
A perspectiva é que essa disputa continue enquanto o custo de desenvolvimento de IA permanecer elevado. “Enquanto construir modelos custar bilhões, empresas gastarão dezenas ou centenas de milhões para contratar engenheiros”, concluiu Voica.
A corrida por cérebros é mais do que uma competição salarial: é o reflexo de uma nova era tecnológica em que talento humano e poder computacional se tornam as moedas mais valiosas da inovação global.
fonte: Times Brasil
Acesse as verticais Revna a seguir, para obter mais detalhes:
Serviços: Hunting / Data Science
Soluções: Inteligência Artificial / Business Analytics