Mudanças nos padrões bancários e a falta de atualização de sistemas de gestão podem desencadear um caos operacional a partir de 22 de fevereiro. Como as empresas podem se proteger desse risco? Fale Conosco
O mercado corporativo brasileiro está prestes a enfrentar um desafio tecnológico crítico: a partir do dia 22 de fevereiro de 2025, mudanças nas regras de vencimento de boletos, implementadas pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), podem causar impactos severos nos sistemas bancários e nos ERPs.
O problema está na necessidade de adequação dos sistemas de pagamento, que exigem atualizações para cumprir com as novas normas. Empresas que não estiverem preparadas correm o risco de enfrentar falhas em transações financeiras, interrupções na cadeia de suprimentos e até mesmo paralisações operacionais.
Mas por que isso está acontecendo? E como evitar prejuízos?
O que muda nos sistemas bancários?
A Febraban está implementando novas regras para cálculo de vencimento de boletos, impactando diretamente as operações financeiras e a integração com os ERPs. As mudanças incluem:
- Ajustes na forma de cálculo da data de vencimento para padronizar o fluxo de pagamentos.
- Novas validações no processamento bancário, que podem barrar boletos emitidos em sistemas desatualizados.
- Rejeição de pagamentos e inadimplência não intencional, caso as empresas não realizem os ajustes necessários.
Empresas que ainda operam com sistemas antigos ou pouco flexíveis podem ser as mais afetadas, uma vez que essas mudanças exigem adaptação imediata para garantir a continuidade das operações financeiras.
O impacto nos ERPs e nos negócios
Os ERPs são os sistemas que gerenciam operações vitais das empresas, como finanças, logística, compras e controle de estoque. Eles dependem de integração contínua com bancos e sistemas de pagamento para realizar tarefas como:
- Emissão de boletos e notas fiscais eletrônicas
- Controle de fluxo de caixa e conciliação bancária
- Gestão de compras e fornecedores
- Pagamentos automatizados e faturamento
Se um ERP não for atualizado a tempo, a empresa pode enfrentar falhas graves, incluindo:
- Atraso ou falha no pagamento de fornecedores
- Interrupção no envio de mercadorias
- Erros no cálculo de impostos e faturamento
- Dificuldade na conciliação bancária
- Paralisação da operação comercial
A situação é crítica porque muitas empresas ainda utilizam versões antigas de ERPs, com customizações que dificultam ou retardam atualizações. Se a adaptação não for feita a tempo, as empresas podem ficar temporariamente desconectadas do sistema financeiro nacional.
Por que muitas empresas ainda não se atualizaram?
A maioria das empresas que enfrentam dificuldades com a atualização dos sistemas de pagamento está presa a ERPs legados — sistemas desenvolvidos há anos, muitas vezes com código-fonte altamente customizado e difícil de alterar. Isso acontece por diversos motivos:
- Alto custo de atualização: Muitas empresas relutam em investir na atualização de ERPs antigos, esperando "o momento certo".
- Falta de planejamento em TI: Atualizações tecnológicas nem sempre são tratadas como prioridade estratégica, levando a riscos operacionais como este.
- Complexidade na migração: Algumas empresas têm processos extremamente integrados ao seu ERP, tornando a mudança mais difícil e demorada.
- Baixa adoção de soluções cloud: ERPs baseados em infraestrutura local (on-premise) exigem atualizações manuais, enquanto soluções em nuvem geralmente recebem atualizações automáticas dos fornecedores.
Essa falta de adaptação pode gerar grandes impactos financeiros e operacionais, colocando empresas em uma corrida contra o tempo para se ajustarem às novas exigências.
Como evitar o apagão digital?
Para evitar os impactos das novas regras da Febraban, as empresas precisam agir imediatamente. Algumas das medidas mais recomendadas são:
1. Revisar contratos e integrações com bancos
Verifique se sua empresa possui contratos e serviços atualizados com os bancos que utiliza. As instituições financeiras já disponibilizaram documentação sobre as mudanças, e a equipe de TI precisa garantir que as integrações bancárias sejam compatíveis com os novos padrões.
2. Atualizar o ERP e validar compatibilidade
Se o seu sistema de gestão está desatualizado, entre em contato com o fornecedor do software para obter suporte técnico. Se for necessário realizar ajustes manuais, o ideal é contar com consultores especializados em ERP para evitar problemas de última hora.
3. Criar um plano de contingência
Mesmo com atualizações em andamento, é importante preparar medidas emergenciais para evitar impactos financeiros e operacionais. Algumas ações recomendadas incluem:
- Garantir que os boletos a vencer sejam quitados antes da data crítica (22 de fevereiro).
- Gerar relatórios financeiros antecipados para evitar surpresas no fluxo de caixa.
- Avaliar métodos alternativos de pagamento caso ocorra falha no sistema.
4. Investir em soluções cloud para o futuro
A migração para ERPs baseados na nuvem pode eliminar a necessidade de atualizações manuais, garantindo que o sistema esteja sempre em conformidade com as exigências regulatórias. Além disso, plataformas SaaS (Software as a Service) oferecem maior flexibilidade e menor tempo de resposta para adequações tecnológicas.
5. Testar os novos processos antes do prazo final
Empresas que já implementaram atualizações devem realizar testes de transações e pagamentos antes da data crítica, garantindo que tudo esteja funcionando corretamente. Esse processo reduz o risco de falhas no dia 22 de fevereiro.
A crise é um alerta para o futuro da tecnologia empresarial
O apagão digital iminente não é apenas um problema técnico, mas uma lição para todas as empresas sobre a importância da atualização contínua de seus sistemas. A digitalização das operações exige uma postura proativa, e não apenas reativa.
A transformação digital deixou de ser um diferencial competitivo para se tornar uma necessidade de sobrevivência no mercado corporativo. As empresas que priorizam inovação e investem em tecnologias modernas estão mais preparadas para enfrentar mudanças regulatórias e evitar crises operacionais.
No mundo digital, a falta de atualização não é apenas um risco – é uma ameaça real ao funcionamento dos negócios. Empresas que ainda não se adequaram à nova realidade devem agir rapidamente para evitar perdas financeiras e garantir a continuidade de suas operações.
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